Rio de Janeiro, 23 de Janeiro de 2025

Siderúrgica dos EUA pede para China conter crescimento do aço

Arquivado em:
Terça, 08 de Março de 2005 às 13:23, por: CdB

Produtos chineses podem inundar o mercado mundial de aço se o país não frear o crescimento excessivo de seu setor siderúrgico, alegou o presidente da U. S. Steel, John Surma, na terça-feira.

- Embora as projeções continuem a apontar para crescimento econômico e alta na demanda por aço continuados na China, o fator chinês poderia facilmente se reverter de forma inesperada e rápida, da mesma forma que surgiu - disse Surma, presidente-executivo e do conselho da terceira maior siderúrgica norte-americana, durante a CRU World Steel Conference, em Luxemburgo.

Surma disse que a capacidade atual de produção de aço da China supera as 300 milhões de toneladas, depois de mais que duplicar a partir de 2000, e que a China se tornou exportadora líquida de determinados tipos de aço, a partir do segundo semestre de 2004.

- Se a China não contiver o crescimento excessivo do setor privado de aço, e se tornar exportadora substancial em base continuada, em lugar de importador, a produção excedente de aço poderia ser despejada em um mercado que mal atingiu o equilíbrio, na ponta forte do ciclo de negócios, gerando um excesso de oferta.

Ele também se referiu à nova capacidade, dirigida ao mercado exportador, desenvolvida em países como Brasil e Índia.

- Se a demanda mundial por aço não acompanhar o aumento da capacidade  o que em geral indica expansão subsidiada, os desdobramentos têm o potencial de alterar o equilíbrio entre oferta e procura e gerar excesso de oferta, nos levando à mesma posição que existia quando decolamos, quatro anos atrás.

Surna alertou contra "forças de fora do mercado" decidindo sobre aumentos de capacidade, em lugar de o aço encontrar seu equilíbrio entre oferta e procura movido apenas pelas forças de mercado.

A presidente do conselho do Shanghai Baosteel Group, da China, Xie Qihua, disse, durante a conferência, que a importação de aço para a China havia caído pela primeira vez em seis anos, em 2004, mas que a tendência se devia também ao fato de que o preço do aço chinês, no ano passado, estar em média 30 por cento abaixo da norma mundial.

Tags:
Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo