Pesquisa da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), divulgada nesta quarta na Fashion Business, bolsa de negócios de moda, revela que o setor de vestuário foi o que menos inflacionou a economia brasileira desde o início do Plano Real, há 11 anos.
O diretor-superintendente da Abit, Fernando Pimentel, disse que enquanto o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) calculado pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) na capital paulista subiu 161,48% de julho de 1994 até maio de 2005, os preços de vestuário registraram apenas 12,72% de inflação no período. "Isso deu 1% ao ano", acrescentou.
Na avaliação de Pimentel, o setor "é a verdadeira âncora da inflação" e os investimentos em produtividade e qualidade "traduziram-se em alta capacidade de competir". Ele lembra que 30 mil empresas disputam o mercado, interno e externo, consumindo para o setor produtivo cerca de 1,2 milhão de toneladas de fibras, das quais 800 mil toneladas de algodão, e investindo U$ 1 bilhão/ano, com receita total de U$ 25 bilhões e exportações de U$ 2,080 bilhões no ano passado.
Segundo o diretor-superintendente da Abit, o Brasil é majoritariamente vestido por produção nacional, é o sétimo maior produtor de têxteis do mundo e o segundo maior produtor de denim mundial, ocupando ainda a 3ª posição entre os maiores produtores internacionais de tecidos de malha.
Setor de vestuário é o que menos afeta inflação há 11 anos
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Quarta, 15 de Junho de 2005 às 17:29, por: CdB