A Superintendência Estadual de Rios e Lagoas (Serla), órgão da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, inicia, nesta quarta-feira, a segunda fase das obras de revitalização da Lagoa de Saquarema, na Região dos Lagos. Serão dragados 260 mil metros cúbicos de material, nos pontos mais críticos de assoreamento, que vão desde a Lagoa de Fora até a Ponte do Jirau. O custo das obras, que incluem a reconstrução da antiga Ponte do Jirau, será de R$ 9 milhões.
Atualmente, a Ponte do Jirau tem 40 metros de extensão, mas apenas 27 metros de vão livre para a passagem das águas em direção à Lagoa de Jaconé. A nova ponte terá 60 metros de vão livre. O vão central ganhará mais 1,20 metro de altura, permitindo a passagem de embarcações de maior porte. Atualmente, quando há maré cheia, a altura do vão central é restrita a apenas 1,35 metro, entre a lâmina dágua e a laje. A altura passará agora para 2,50 metros.
O presidente Ícaro Moreno Júnior e o diretor de Obras da Serla, José Carlos Pinto, estarão presentes ao início dos trabalhos. O ponto de encontro será na ponte de pedestres, na entrada da cidade, às 13h30.
Em maio de 2004, foram entregues as obras no Canal da Barra Franca, que liga a Lagoa de Saquarema ao mar. Foram investidos mais de R$ 10 milhões no projeto. Estas obras incluíram a abertura do canal e a construção de um quebra-mar com 40 toneladas de pedras e 329 metros de extensão na Praia de Itaúna.
A qualidade de vida da população de Saquarema mudou com a revitalização da lagoa, um dos principais pontos turísticos da Região dos Lagos. Desde então, novos peixes começaram a repovoar a lagoa, trazendo de volta os pescadores e aumentando o número de turistas e de empregos. Isso significou desenvolvimento econômico e equilíbrio ambiental do sistema lagunar, além de melhores condições de navegabilidade.
O projeto de revitalização realizado pelo governo do estado foi executado com o objetivo de salvar a Lagoa de Saquarema que, antes, tinha contato com o mar somente durante longos períodos de chuva. Agora, o prolongamento do canal com um muro de pedras garante a permanente oxigenação das águas da lagoa.