Um pesquisa do instituto BVA, divulgada nesta segunda-feira, mostrou que o presidente da Autoridade Palestina, Yasser Arafat, que luta contra a morte em um hospital parisiense, é considerado como "um herói da resistência nacional" por 43% dos franceses, enquanto 27% classificam-no como "chefe de um movimento terrorista".
A sondagem feita a pedido do jornal <i>Liberation</i> e da rádio <i>France Inter</i> indica também que 10% dos franceses pensam que Arafat é ambas as coisas, enquanto 9% crêem que não é nem um nem outra.
Entre os que o consideram um herói da resistência, os simpatizantes da esquerda são mais numerosos (52% contra 21% que o classificam de chefe terrorista) do que os da direita (41% contra 33%).
Apenas 12% dos franceses pensam que o presidente palestino é o maior responsável pela violência no Oriente Médio, uma proporção baixa em relação à pesquisa anterior de abril de 2002 (20%).
Em compensação, 35% dos franceses atribuem esta responsabilidade ao atual primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon (32% em 2002). Cerca de 30% dos entrevistados avaliam que os dois são culpados.
De modo geral, a opinião pública francesa parece ser favorável aos palestinos, já que 34% dos cidadãos dizem sentir "maior simpatia" por sua posição do que pelas dos israelenses, contra 13% que pensam o contrário.
Um estudo anterior, de 2000, mostrava um equilíbrio, com 14% dos franceses a favor das posições israelenses e 18% das palestinas.
A atitude do Jacques Chirac em relação ao conflito no Oriente Médio é aprovada pela maioria: 58% de franceses julgam-na equilibrada, 15%, pró-palestina e 9%, favorável aos israelenses.
O nível de aprovação entre os simpatizantes da esquerda (62%) e da direita parlamentar (63%) é praticamente o mesmo. A pesquisa foi realizada nos dias 5 e 6 novembro pelo BVA, com uma amostra representativa da população francesa de 963 pessoas (método de cotas).