O governo Bush se referiu na última terça-feira à posse de um novo governo no Iraque, marcada para 30 de junho, como um passo a mais na direção da soberania, não uma 'data mágica' em que o país será devolvido aos iraquianos.
O Pentágono disse também que está avaliando se será necessário mais dinheiro ainda neste ano para arcar com as operações militares no Iraque. A Casa Branca descarta publicamente um novo pedido de verbas ao Congresso antes de janeiro de 2005, ou seja, promete não pedir mais dinheiro durante a campanha eleitoral.
Pressionado a explicar como os iraquianos vão assumir a soberania em um período tão turbulento, o subsecretário de Defesa americano, Paul Wolfowitz, disse que o 30 de junho será só 'um passo em um processo', e não 'uma data mágica' em que a ocupação liderada pelos EUA transferiria responsabilidades para um novo governo local.
Os comentários de Wolfowitz são algo diferentes do que disse o presidente George W. Bush na sua entrevista coletiva de sexta-feira passada, quando ele enfatizou a importância da data.
- Nenhum cidadão dos Estados Unidos ou da Grã-Bretanha gostaria que o governo de suas nações estivesse nas mãos de outros, e nem os iraquianos (gostam). É por isso que a data de 30 de junho para a transferência da soberania será mantida - disse Bush.
Em duas audiências no Senado, parlamentares insistiram em ouvir detalhes sobre qual será o papel dos EUA no Iraque após 30 de junho. Eles também pediram explicações sobre a rebelião que neste mês provocou o maior número de baixas militares americanas desde o começo da guerra.
O presidente da Comissão de Serviços Armados do Senado, o republicano John Warner, disse que a Casa Branca deveria explicar que em junho vai entregar uma soberania 'limitada' aos iraquianos, já que os EUA continuarão mantendo o controle da segurança e terão outras funções importantes.
Segundo Bush, transição de 30 de junho no Iraque não será 'data mágica'
Arquivado em:
Quarta, 21 de Abril de 2004 às 02:03, por: CdB