O presidente americano, George W. Bush, disse que o governo federal americano está trabalhando em conjunto com as autoridades locais para normalizar o fornecimento de energia nas cidades afetadas pelo blecaute nos Estados Unidos.
O blecaute atingiu as cidades de Detroit, Cleveland, Toledo e Nova York, além de Ottawa e Toronto, no Canadá.
O presidente americano reiterou a afirmação feita mais cedo pelo Departamento de Segurança Nacional de que o blecaute não estaria relacionado a nenhuma ação terrorista, e afirmou que o país está melhor preparado para lidar com uma emergência do que estava há dois anos e meio.
Bush afirmou que a causa do blecaute será investigada e não quis dar mais detalhes sobre o que possa ter provocado o corte de energia.
As rádios locais estão transmitindo a informação de que a cidade poderá ter novamente energia por volta de 24h (23h em Brasília), mas as autoridades estão lidando com uma situação de emergência e que a intenção pode ser a de tranqüilizar os moradores.
Mais cedo, o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, disse que a energia já começava a voltar em alguns locais da cidade e pediu calma à população.
Há relatos diversos em relação ao que pode ter provocado o blecaute. Há informações, por exemplo, de que um incêndio em uma estação elétrica perto da cidade de Niagara, no Estado de Nova York, teria sido a causa. O incêndio teria sido provocado por um relâmpago, segundo as autoridades canadenses.
Um porta-voz do governador de Nova York disse, no entanto, que as autoridades americanas investigam a possibilidade de que problemas na transmissão de energia do Canadá tenham provocado o blecaute.
Segundo as autoridades americanas, nove reatores em quatro estados americanos deixaram de funcionar por causa do blecaute.
A Administração Federal de Aviação interrompeu os vôos em seis aeroportos. Três em Nova York, um em Cleveland e dois no Canadá.
Na cidade de Nova York, trens, elevadores, metrôs e prédios de escritórios ficaram sem eletricidade.
O blecaute também provocou o fechamento do túnel Detroit-Windsor, usado por cerca de 27 mil veículos diariamente.
Serviços de emergência em Nova York informaram que não há relatos de feridos durante os trabalhos de evacuação de prédios e trens.
A polícia e o Corpo de Bombeiros - que afirmaram não ter havido registros de incêndios ou atividades criminosas - chamaram todos os seus funcionários ao trabalho.
A situação tem sido ainda bem mais difícil por causa das altas temperaturas registradas em Nova York e Toronto.
Gabriela Mira, de 40 anos, e a filha dela de seis meses esperaram por um longo tempo para usar um telefone público.
- Eu tive de sair de casa. Estava escuro, tudo parou de funcionar, e eu fiquei com medo. Sem ar condicionado, sem telefone. E está tão calor - afirmou Mira.
Foi registrada na cidade uma situação semelhante à verificada em Nova York - caos no trânsito, em escritórios e nas ruas.
Também foram registrados problemas em trens, elevadores, semáforos, e até mesmo os telefones celulares deixaram de funcionar.