Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Sanções impostas por EUA e Europa violam acordos da OMC, afirma Putin

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Quinta, 18 de Setembro de 2014 às 11:34, por: CdB
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O presidente russo Vladimir Putin defende um mercado interno forte para combater sanções econômicas
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira que as sanções do Ocidente contra a Rússia violaram os princípios da Organização Mundial do Comércio (OMC) e a principal forma de combatê-las foi desenvolver o mercado interno. Em uma reunião com altos funcionários, Putin afirmou que a Rússia não tem a intenção de punir o Ocidente pelas sanções - impostas por causa do papel de Moscou na Ucrânia - e disse que invés disso elas desafiaram a Rússia a reforçar a sua economia, aumentar a concorrência e estimular a concessão de empréstimos. – Ao tomar medidas em resposta, temos antes de tudo que pensar em nossos próprios interesses no que se refere à tarefa de desenvolver e proteger os nossos produtores e mercados da concorrência desleal. E nosso objetivo principal é a utilização de uma das principais vantagens competitivas da Rússia - um grande mercado interno, e supri-lo com produtos de alta qualidade produzidos por empresas do nosso país – disse Putin. A crise na Ucrânia mergulhou as relações entre o Ocidente e a Rússia em pior nível desde a Guerra Fria. Putin criticou os países que impuseram sanções por violar o espírito da OMC, de concorrência econômica justa e livre, afirmou. A Rússia aderiu à OMC em 2012, após 18 anos de negociações sobre os termos de sua entrada. Países que aplicam sanções comerciais não têm que justificá-las no âmbito da OMC, a menos que estejam envolvidos numa disputa comercial. As justificativas para restringir o comércio podem variar de razões ambientais e de saúde a questões religiosas. Mas alguns diplomatas avaliam que amplas sanções contra a Rússia só poderiam ser justificadas por questões de segurança nacional. Isso seria um argumento legítimo, mas que nunca foi utilizado em uma disputa da OMC. Fornecimento de gás A Rússia não limitará as exportações de gás para a Europa neste inverno para impedir que países reexportem gás para a Ucrânia, disse o ministro da Energia Alexander Novak para um jornal austríaco. – Isso está descartado – disse ele ao Die Presse, quando questionado numa entrevista publicada nesta quinta-feira se Moscou vai limitar as exportações de gás para conter o fornecimento à Ucrânia. O fornecimento de gás russo à Ucrânia está cortado desde meados de junho devido a uma disputa sobre preços. Novak disse que espera que o preço do petróleo se firme por volta de 100 dólares por barril até o final do ano, acrescentando que "não é alguma tragédia" que o preço esteja abaixo deste nível agora, e que ele não vê motivos objetivos para que caía abaixo de 90 dólares o barril. Uma queda nos preços de petróleo desde julho está relacionada com uma desaceleração econômica e fatores especulativos, além de uma produção maior nos Estados Unidos graças à exploração do petróleo não convencional, disse ele. A Eslováquia, a Polônia, a Romênia e a Áustria relataram leves quedas nos últimos dias nas entregas da Rússia, que está envolvida em uma disputa com a União Europeia acerca da Ucrânia. Novak negou que a Rússia estaria "jogando" com as exportações de gás. – Mais (gás) foi pedido que o normal nos últimos dias e a Gazprom não cobriu totalmente a demanda maior – disse ele, acrescentando que a Gazprom também aumentou estoques na Rússia.
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