Rio de Janeiro, 22 de Janeiro de 2025

Rodoviários protestam no Distrito Federal

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Sexta, 03 de Junho de 2005 às 08:43, por: CdB

Cerca de 300 ônibus congestionaram o trânsito nesta sexta-feira, no Distrito Federal, devido ao protesto de rodoviários para que os donos das empresas de ônibus concedam o reajuste salarial, entre outras reivindicações. A manifestação ocorreu no Eixo Monumental, sentido rodoviária/ Palácio do Buriti. Segundo o presidente do Sindicato dos Rodoviários, João Osório, a categoria promete deflagrar greve no próximo dia 6. 

As quatro faixas da via foram interditadas para que os manifestantes passassem. Até o momento o trânsito já flui normalmente, segundo informações do Departamento de Trânsito do DF (Detran) e a Polícia Militar, que fazem a fiscalização no local.

O presidente do Sindicato informou que as manifestações serão feitas ao longo do dia. Os ônibus devem interditar o fluxo de veículos na Esplanada dos Ministérios e no Palácio do Buriti.

- Estamos tentando pressionar o governo que até agora não negociou conosco. São dez mil rodoviários insatisfeitos no DF - reclamou.

O vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários do DF, Lúcio Lima, explica que a categoria quer reajuste de 17,72%, renovação da frota, plano de saúde, integração de frota e manutenção de benefícios como tíquete alimentação e cesta básica:

 - Não somos a favor do aumento das tarifas. Mas se o governo e as empresas acharem que sim, essa será a solução.

Os rodoviários prometem uma greve geral a partir desta segunda-feira, caso a lista de reivindicações não seja cumprida. A data coincide com a greve marcada pelos metroviários de Distrito Federal. No entanto, os trens deverão funcionar de forma reduzida, já que o Metrô de Brasília possui funcionários terceirizados. 

O presidente do Sindicato dos Donos de Empresas de Ônibus, Wagner Canhedo Filho, afirmou que para atender aos rodoviários, o bilhete que custa R$ 2,50 teria que passar para R$ 3,50. O que custa R$ 1,60 subiria para R$ 2,50, e o de R$ 1,20 chegaria a R$ 1,60. Isso causaria um aumento de 41,89%, nas passagens.

- Esse reajuste pedido por eles não é compatível com as perdas geradas pelo IPC (Índice de Preços ao Consumidor), que foi de aproximadamente 6%. Além disso, todas as perdas anteriores foram cobertas durante a última data base - explicou o Canhedo Filho.

A secretaria de Transporte informou que a proposta feita pelos rodoviários já foi entregue para o Conselho de Transporte Público e Coletivo (CTPC), que decidirá qual será o reajuste. A assessoria do órgão garantiu que o governo já tem um plano para evitar que a população fique sem ônibus com a greve.

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