Os moradores das comunidades da Rocinha e do Vidigal, na Zona Sul da cidade, podem receber o título de propriedade das casas onde moram até o ano que vem e, com isso, regularizar a posse de áreas que, no futuro, tendem a se valorizar. As duas favelas estão entre as primeiras, no Rio, a se beneficiar do programa Papel Passado, do Governo Federal, que prevê a regularização dos imóveis de moradores de baixa renda. De acordo com o ministro das Cidades, Márcio Fortes de Almeida, além da escritura do imóvel, as comunidades serão incluídas no projeto Visual Legal para a realização de obras de urbanização e pintura das residências com o financiamento do Banco do Povo.
De acordo com o Censo de 2000, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IGBE), o Vidigal possui 2.757 domicílios e a Rocinha 16.731. O ministro explicou que a primeira providência para regularizar os imóveis é fazer o levantamento topográfico das duas comunidades com o uso de tecnologia GPS (Global Positioning System, ou Sistema de Posicionamento Global), que permite localizar por satélite objetos, pessoas, lugares, em qualquer parte do mundo. Depois do estudo topográfico, será feito um cadastramento dos moradores; somente os que construíram as casas receberão as certidões dos cartórios.
Neste domingo, o ministro visitou a favela do Vidigal, localizada em São Conrado, e elogiou as condições de calçamento das ruas e as melhorias no saneamento urbano do local. Márcio Fortes participa, no Rio, do fórum A Força do Estado do Rio de Janeiro, promovido pela Câmara de Comércio Americana, na sede do Jockey Clube Brasileiro, no centro da cidade. O encontro reúne empresários e representantes dos governos federal, estadual e municipal para discutir políticas e metas de ordenação das regiões metropolitanas e perspectivas de produção no Estado.