Apesar de o Estado do Rio de Janeiro não registrar casos de febre aftosa há nove anos, o Ministério da Agricultura recomenda aos pecuaristas fluminenses intensificar a vacinação dos rebanhos contra a doença. O índice considerado ideal de cobertura de vacinação pela Organização Internacional de Epizootias (OIE) é de 95% e o Estado tem atualmente 92,13% do rebanho imunizado.
O chefe do Serviço de Sanidade Agropecuária do Ministério da Agricultura no Rio, Ronaldo Gil, avalia que os pecuaristas precisam redobrar o cuidado.
- O ideal é de 200%. Mas eu prefiro falar que cada vez mais a gente precisa dessa muleta que é a vacinação, única forma de proteger o rebanho. E chamar os pecuaristas, convidá-los a participar cada vez mais desses programas e dessas vacinações porque só isso vai garantir que o Estado continue nessa trajetória de não ter nenhum caso de aftosa - garantiu.
Nesta segunda-feira, será lançada a primeira etapa deste ano da Campanha de Vacinação da Febre Aftosa no Rio de Janeiro, que começa pelas Fazendas Reunidas Harmonia, no município de Natividade, na região noroeste fluminense. O trabalho será desenvolvido pelo governo estadual com a supervisão do Ministério da Agricultura, envolvendo ainda órgãos municipais e associações e cooperativas de produtores.
O Rio de Janeiro possui cerca de dois milhões de cabeças, entre bovinos e bubalinos (búfalos), é considerado Área Livre de Febre Aftosa com Vacinação pela OIE. Os últimos da doença ocorreram em 1977, em Itaperuna, no Noroeste Fluminense, e em Magé, na Baixada Fluminense. A segunda etapa da campanha ocorrerá em setembro.