Segundo o MP, os agentes levantavam informações sobre pessoas envolvidas com atividades ilícitas e depois passavam a exigir dinheiro para que elas não fossem presas
Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro:
A Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro e o Ministério Público Estadual (MP) fizeram nesta terça-feira uma operação para prender quatro policiais civis suspeitos de extorquir criminosos. Segundo o MP, os agentes levantavam informações sobre pessoas envolvidas com atividades ilícitas e depois passavam a exigir dinheiro para que elas não fossem presas.
Também foram cumpridos mandados contra duas pessoas que atuavam como informantes desses policiais.
O esquema começou dentro da Delegacia de Santa Cruz (36ª DP) e continuou; após a transferência do grupo para a Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA) de Niterói, a partir de maio.
Em uma das ações, os policiais extorquiram uma mulher que dirigia um carro roubado. Quando os agentes souberam da informação, eles abordaram a vítima em sua casa; e informaram que ela seria presa se não pagasse R$ 10 mil a eles.
De acordo com o MP, em alguns casos, as vítimas eram levadas para dentro da delegacia; sob a ameaça de prisão, e agredidas fisicamente. De acordo com as investigações; os policiais permitiam aos informantes o uso de distintivos e armas de fogo da polícia e até a direção de veículos da instituição para a prática de crimes.
Menino baleado
A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro confirmou no fim da tarde de segunda-feira a morte cerebral do menino Renan dos Santos Miranda, de 8 anos; baleado na cabeça no domingo durante um arrastão em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
O menino foi atingido quando seu pai tentava dar marcha a ré no carro onde eles estavam para tentar fugir do tumulto.
De acordo com a Polícia Militar, o pai do menino viu vários homens armados fechando a Avenida Gomes Freire; próximo à favela do Retão, para roubar os motoristas que passavam pela via. Ao perceberem a manobra do pai do menino para tentar fugir; os criminosos atiraram contra o carro. Um dos disparos atingiu a cabeça da criança; que estava no banco traseiro do carro. O menino foi levado às pressas para o Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, no mesmo município.
Em nota, a direção do hospital informou que a criança teve o óbito confirmado às 17h32, após a conclusão do protocolo de morte encefálica. “Assim como a direção e toda a equipe médica do hospital; a Secretaria de Estado de Saúde lamenta a perda da família, presta solidariedade neste momento de grande dor e segue à disposição dos pais e familiares”. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense.