Na primeira fase da operação, no dia 1º de dezembro, foram cumpridos mandados de prisão temporária, de condução coercitiva
Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro:
A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro cumpriram nesta segunda-feira 14 mandados de prisão preventiva envolvendo dirigentes de clubes de futebol e de torcidas organizadas no Rio de Janeiro. Eles são acusados de irregularidades como a venda ilegal de ingressos (cambismo).
De acordo com o Ministério Público (MP), dirigentes de clubes de futebol são acusados de repassar ingressos para as torcidas, que os repassam a cambistas. Parte desses ingressos seria repassada, inclusive, para torcidas organizadas proibidas pela Justiça de frequentar jogos de futebol.
A operação, feita em conjunto pelo Grupo de Atuação Especializada do Desporto e Defesa do Torcedor MP e pela Delegacia de Repressão a Crimes de Informática da Polícia Civil, é um desdobramento da Operação Limpidus.
Na primeira fase da operação, no dia 1º de dezembro, foram cumpridos mandados de prisão temporária, de condução coercitiva (quando a testemunha é levada para a delegacia para prestar depoimento) e de busca e apreensão.
Crimes
De acordo com investigações da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática e do Ministério Público (MP); representantes de clubes da capital Fluminense repassavam ingressos às torcidas organizadas para que fossem vendidos por cambistas. O promotor de Justiça do Grupo de Atuação Especializada do Desporto e Defesa do Torcedor, Marcos Kac; conclui que as relações entre clubes e torcidas organizadas são fundamentadas em práticas ilegais.
– A partir desta investigação, nós conseguimos identificar uma série de torcedores e denúncias; que serão posteriormente colocadas em uma denúncia penal. Também conseguimos avançar em uma relação espúria existente entre os dirigentes dos clubes e as torcidas organizadas – disse Kak.
Entre os itens apreendidos estão credenciais, camisas de torcidas organizadas, um computador e documentos. Além disso, dois facões foram encontrados na casa do vice-presidente de estádios do Botafogo, Anderson Simões, que prestou depoimento na Cidade da Polícia.