Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Rio: Museu da Vida da Fiocruz poderá ter monitoria para surdos

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Quinta, 27 de Novembro de 2014 às 12:23, por: CdB
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Ao museu de arte, o surdo pode ir para visualizar as obras, mas o museu de ciência tem que ter uma comunicação entre o público e o mediador”
Um grupo de estudantes do oitavo e do nono anos do ensino fundamental do Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), em Laranjeiras, Zona Sul do Rio de Janeiro, participaram da primeira visita monitorada em Língua Brasileira de Sinais (Libras) ao Museu da Vida da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Manguinhos, Zona Norte do Rio de Janeiro. Os quatro monitores são estudantes de pedagogia também do Ines e participaram do projeto Quebrando Barreiras Culturais: A Ciência e o Surdo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que desenvolve sinais científicos em Libras, além de treinar surdos para trabalhar em museus e espaços de ciências. A coordenadora do Serviço de Educação do Museu da Vida, Hilda Gomes, explica que o planejamento e o treinamento dos monitores começou há seis meses e a visita de hoje foi um teste para o projeto, que pode ser implantado no ano que vem. - Escolhemos três atividades, aproveitando o conhecimento que eles tem em biologia e inserimos a história da Fiocruz. Elaboramos três roteiros, onde eles com a fluência em Libras receberam um público surdo para fazer a visita ao museu. Convidamos alunos do Ines do oitavo e nono anos do ensino fundamental. Estamos filmando e fotografando porque precisamos avaliar. Em duas semanas vamos avaliar para ver qual será a continuidade desse projeto para 2015. Colaboradora do projeto, a professora aposentada do Inês, Djane Cavalcanti, destaca que a iniciativa de monitoria para surdos é inédita no Brasil. “Muitos surdos que não vão aos museus, principalmente os de ciência, porque precisam de interpretação. Ao museu de arte, o surdo pode ir para visualizar as obras, mas o museu de ciência tem que ter uma comunicação entre o público e o mediador”. Porém, Djane ressalta que o glossário científico desenvolvido pela UFRJ ainda não está amplamente difundido nas escolas para surdos e que tanto professores quanto estudantes precisam dessa atualização, já que “a todo momento” são criados novos sinais em Libras.
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