Claudinéia, que estava grávida de nove meses, foi atingida por uma bala perdida, na Favela do Lixão, em Duque de Caxias
Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro:
A jovem Claudinéia dos Santos Melo, que foi atingida por um tiro na barriga quando ainda estava grávida, recebeu alta nesta quinta-feira do hospital onde estava, o Moacir do Carmo, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa da prefeitura do município.
Claudinéia, que estava grávida de nove meses, foi atingida por uma bala perdida, na Favela do Lixão, em Duque de Caxias. O tiro perfurou sua barriga e atingiu o bebê em seu útero.
Depois do incidente, foi feito um parto de emergência. O bebê teve o pulmão e a coluna atingidos. Ele corre o risco de ficar paraplégico. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, a criança continua internada em estado grave no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Saracuruna.
Paraplegia de bebê
A paraplegia do bebê Arthur, atingido por um tiro no útero da mãe no final da tarde da última sexta-feira, próximo à Favela do Lixão, em Duque de Caxias, pode ser reversível.
Em entrevista coletiva na segunda, o neurocirurgião Eduardo França, que é diretor do Hospital Municipal Moacyr do Carmo, disse que o bebê está em estado grave e que no momento está paraplégico. No entanto, segundo o médico, o quadro pode se reverter. Já que a recuperação de recém-nascidos é mais rápida do que a de adultos.
A mãe, Claudinéia dos Santos Melo, continuou internada no Hospital Moacyr do Carmo. Onde foi realizado o parto. Já Arthur está no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Saracuruna. Uma vez que o Moacyr do Carmo não tem UTI neonatal. O tiro atingiu os dois pulmões do bebê. Além de provocar lesão na coluna vertebral e na orelha esquerda. O neurocirurgião informou que os pulmões de Arthur foram drenados, que ele respira por aparelhos e está sendo alimentado por sonda.
Violência
Sobre a mãe, o médico informou que ela respirou sem aparelhos e se alimentou por via oral. Ela teve uma fratura no osso da bacia e foi submetida a tratamento sem necessidade de cirurgia.
A Polícia Civil já ouviu os três policiais militares que estavam em uma operação na entrada da favela quando Claudinéia foi atingida. Eles disseram ter sido atacados por criminosos e que não revidaram à ação. Claudinéia foi baleada quando saía de uma farmácia. Onde havia comprado fraldas para o bebê.