Moscou lançou sua campanha antiterrorista na Síria em 30 de setembro do ano passado, a pedido de Damasco, de acordo com as normas do direito internacional
Por Redação, com Sputnik Brasil - de Bruxelas:
A decisão da Rússia de começar a retirada do grupo das Forças Aeroespaciais da Síria pode tornar-se o “prólogo” para o levantamento gradual das sanções contra Moscou, diz uma fonte diplomática em Bruxelas à RIA Novosti.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou que o Ministério da Defesa do país inicie a retirada dos militares russos da Síria a partir desta terça-feira.
– Não excluo que a decisão das autoridades russas pode ser um ‘prólogo’ para o levantamento gradual das sanções contra a Rússia – disse a fonte.
Segundo ele, “em todos os casos, a Rússia voltou a ser um ator-chave no palco internacional”.
Moscou lançou sua campanha antiterrorista na Síria em 30 de setembro do ano passado, a pedido de Damasco, de acordo com as normas do direito internacional.
Desde então, a Força Aérea russa vem realizando ataques aéreos contra o Daesh (autodenominado Estado Islâmico) e outros alvos terroristas na região, eliminando equipamentos militares, centros de comunicação, veículos, armas e depósitos de combustível.
Assade agradece Putin
O presidente da Síria, Bashar Assad, agradeceu ao líder russo, Vladimir Putin, pela ajuda de Moscou no combate ao terrorismo no país árabe. A informação foi divulgada pelo serviço de imprensa do Kremlin.
Assad expressou sua gratidão em uma conversa telefônica que aconteceu por iniciativa de Putin, que anunciou na segunda-feira o começo da retirada dos militares russos da Síria a partir de março.
– Bashar Assad destacou o profissionalismo, coragem e heroísmo dos soldados e oficiais do Exército russo que participaram nas operações bélicas e manifestou um profundo agradecimento à Rússia por sua enorme ajuda na luta contra o terrorismo e a assistência humanitária proporcionada à população – diz o comunicado.
O líder sírio "sublinhou a vontade de organizar com o mínimo de atraso o processo político no país" e expressou a esperança de que as consultas internas da Síria que foram retomadas nesta segunda-feira em Genebra sob os auspícios das Nações Unidas forneçam resultados concretos.
Em conexão com o fim das hostilidades declaradas na Síria, ambos os lados concordaram que o cessar-fogo ajudou a reduzir drasticamente o derramamento de sangue, melhorando a situação humanitária e criando as condições para uma solução política.
Representantes de Damasco e de diversos grupos da oposição síria retomaram hoje as negociações para pôr fim à guerra civil que, segundo os dados da ONU, já causou mais 250 mil mortes em cinco anos.