Os republicanos iniciaram nesta segunda-feira a Convenção Nacional do partido, que durará quatro dias, saudando a liderança do presidente George W. Bush em tempos de guerra e lembrando exaustivamente sua resposta aos ataques de 11 de setembro de 2001.
Na sessão de abertura, em Nova York, os delegados aprovaram uma plataforma partidária conservadora, de cumprimento não-obrigatório, que endossa a proibição constitucional ao casamento homossexual e ao aborto e defende vigorosamente a atuação de Bush em relação à guerra no Iraque.
Os republicanos falaram muito dos ataques de 11 de setembro e elogiaram Bush por seu caráter, sua capacidade de liderança e sua resposta agressiva, tentando deixar claro o contraste com seu concorrente democrata às eleições de 2 de novembro, o senador John Kerry, de Massachusetts.
- Enquanto alguns hesitam e são ambíguos, o Partido Republicano apóia nosso presidente enquanto ele torna os Estados Unidos e o mundo mais fortes - disse o senador Bill Frist, do Tennessee, chefe do comitê da plataforma.
Os republicanos abriram a convenção, no Madison Square Garden, em Nova York, animados com novas pesquisas que mostram Bush avançando e à frente de Kerry, por uma vantagem pequena, em termos nacionais e em vários Estados importantes para a eleição, como a Flórida.
- Vamos sair daqui num movimento que nos levará à vitória em novembro", disse o presidente do Comitê Nacional Republicano, Ed Gillespie.
O vice-presidente Dick Cheney entrou na arena sob os gritos de "Mais quatro anos!". Ele assistiu à sua indicação e à de Bush para mais um mandato. Os Estados iniciaram votações que serão concluídas nesta quarta-feira.
A sessão da noite desta segunda-feira terá uma homenagem às vítimas do 11 de setembro e as presenças de dois líderes partidários com penetração entre os moderados, o ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani e o senador pelo Arizona John McCain.
- Ele foi posto à prova e se ergueu diante do desafio mais importante de nosso tempo, e eu lhe bato continência - disse McCain a respeito de Bush no discurso preparado para a noite, distribuído pela campanha.
A convenção está sendo realizada a menos de 7 Km de onde um dia se ergueram as torres gêmeas do World Trade Center, também como forma de lembrar os eleitores da atitude de liderança de Bush após os ataques.
Três parentes de vítimas vão falar à convenção na segunda-feira, e Giuliani, que foi muito elogiado pelo modo como conduziu a cidade depois dos ataques, deve dedicar seu discurso àquele dia, às consequências da tragédia e à atuação de Bush.
Giuliani, McCain e o governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, que fala na terça-feira, são as estrelas de uma fila de moderados que se apresentará para tentar amenizar a imagem conservadora do partido, com a intenção de atrair os eleitores indecisos dos Estados mais importantes na eleição.
- Quando escolhemos um presidente, não escolhemos um republicano ou um democrata, um conservador ou um liberal. Escolhemos um líder - disse Giuliani no discurso preparado para a apresentação da noite.
- E, em tempos de perigo, como os de hoje, os americanos devem pôr a liderança no centro de sua decisão - disse, comparando a luta de Bush contra o terror à batalha do primeiro-ministro britânico Winston Churchill contra a Alemanha Nazista, e à oposição do presidente Ronald Reagan à União Soviética.
- George W. Bush vê o terrorismo mundial como o mal que ele é, e permanecerá fiel ao objetivo de derrotá-lo, ao mesmo tempo em que trabalhará para manter-nos sempre seguros em casa - disse Giuliani.
McCain, que em 2000 perdeu uma disputa apertada nas primárias para Bush, transformou-se num companheiro frequente de campanha do presidente e vai se apresentar junto com ele num evento eleitoral esta semana.
O senador foi um ávido defensor da guerra contra o Iraque e também pretende elogiar a liderança de Bush