Presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) defendeu nesta segunda-feira o adiamento das prévias do PMDB para depois da decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a regra para as coligações partidárias. Para Calheiros, caso o STF decida pela manutenção da regra da verticalização, o PMDB deveria reavaliar inclusive a decisão de lançar um candidato à Presidência da República. A regra proíbe os partidos de fazer nos Estados coligações diferentes da aliança nacional.
- Não é prudente o partido se comprometer com uma candidatura, seja ela qual for, antes de conhecer as regras da eleição que afetam o conjunto dos Estados - disse Renan a jornalistas na cerimônia de sorteio da ordem dos nomes nas cédulas das prévias, marcadas para domingo.
Essa é a primeira vez que o presidente do Senado defende em público o adiamento das prévias. Os únicos pré-candidatos registrados são o ex-governador do Rio Anthony Garotinho e o governador licenciado do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto. Renan defendeu que o adiamento seja feito por consenso, evitando uma disputa entre correntes que pode ocorrer caso a Executiva Nacional do PMDB seja convocada, como querem alguns dirigentes do partido.
Ainda segundo o senador, na hipótese de o Supremo manter a verticalização, o PMDB não deveria lançar candidato nem aliar-se formalmente a qualquer partido, inclusive o PT do presidente Luiz Inácio Lulda da Silva.