Rio de Janeiro, 23 de Janeiro de 2025

Remédio experimental para câncer de pulmão prolonga a vida, diz estudo

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Quinta, 28 de Setembro de 2006 às 17:55, por: CdB

Um medicamento usado para câncer de pulmão ainda em fase experimental, prolongou a expectativa de vida de pacientes em mais de 50% em testes preliminares. O resultado veio de uma pesquisa da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, onde pacientes que receberam o remédio AS1404, além do uso de quimioterapia comum, viveram em média 14 meses, comparados aos 8,8 meses dos pacientes que receberam apenas quimioterapia.

-É ótimo ver esta grande vantagem na sobrevivência com o AS1404 em pacientes com câncer de pulmão. Isto me deixa muito otimista quando entramos na terceira fase dos testes-, disse Mark McKeage, médico da Universidade de Auckland.

A segunda fase do estudo, realizado pela companhia de biotecnologia britânica Antisoma, pesquisou 70 pacientes com a forma mais comum do câncer de pulmão. A doença mata mais de 26 mil pessoas por ano apenas na Grã-Bretanha.

-Sobrevivência é o padrão mais importante pelo qual medicamentos contra o câncer são julgados e, portanto, estas notícias são animadoras-, disse Glyn Edwards, da Antisoma.

O AS1404 foi desenvolvido por cientistas da Nova Zelândia, mas a companhia farmacêutica que inicialmente recebeu a autorização para fabricação não teve os recursos para o desenvolvimento do medicamento.

O medicamento pertence a uma nova classe de compostos chamados agentes de interrupção vascular, que cortam o fornecimento de sangue para tumores. Tumores sólidos dependem de uma rede de vasos sangüíneos para sobreviver e crescer. O AS1404 é capaz de distinguir entre vasos sangüíneos que alimentam o tumor e aqueles que servem órgãos saudáveis.

Os vasos sangüíneos que alimentam tumores são mais permeáveis e bem menos organizados do que aqueles que vão para órgãos saudáveis. A instituição de caridade britânica Cancer Research UK vai participar da pesquisa para levar o medicamento para os primeiros estágios dos testes clínicos.

Os testes da segunda fase são realizados para descobrir se o remédio é efetivo no tratamento do câncer. A terceira fase dos testes compara diretamente o novo tratamento com os tratamentos padrão pra ver se o novo tramento é melhor.

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