O refém sul-coreano Kim Sun-il, de 33 anos, sequestrado no Iraque, foi decapitado por seus agressores, informou na última terça-feira a TV Al Jazeera, sem dar mais detalhes. O governo sul-coreano confirmou a morte de Kim e disse que seu corpo foi encontrado em Bagdá.
Militantes capturaram Kim Sun-il no dia 17 de junho e haviam ameaçado, na última segunda-feira, matá-lo em 24 horas. Os sequestradores exigiam que a Coréia do Sul retirasse suas tropas do Iraque em troca da libertação, o que Seul recusou.
Em um vídeo divulgado no último domingo, Kim fazia um apelo desesperado por sua vida, que mergulhou a Coréia do Sul em dias de comoção, suspense, vigílias e protesto.
- Eu não quero morrer! Eu não quero morrer - dizia, aos prantos, implorando para que as tropas sul-coreanas deixassem o Iraque, como exigiam os seqüestradores.
A família recebeu a notícia de madrugada (horário de Seul) e imagens divulgadas por agências de notícias mostram os pais do intérprete, Shin Young-ja e Kim Jong-kyu, em desespero ao saber da morte do filho.
O Conselho de Segurança Nacional da Coréia do Sul, que assessora o presidente Roh Moo-hyun, começou uma reunião de emergência, às 2h desta quarta-feira (horário local) sobre a execução de Kim Sun-il, que trabalhava com intérprete no Iraque.