Os 34 chefes de Estado e de Governo latino-americanos assinarão no início da tarde desta terça-feira, quando será encerrada a Cúpula Extraordinária das Américas, a Declaração de Nuevo Leon. O documento possui 59 parágrafos e menciona, em sua maioria, questões para a redução da pobreza, desenvolvimento social e reforma financeira internacional, a fim de prevenir de
forma rápida as crises enfrentadas principalmente por países em desenvolvimento.
Nesta manhã, o presidente Lula fará um discurso em favor do desenvolvimento social, durante a primeira sessão de trabalho do encontro, aberto nesta segunda-feira pelo anfitrião Vicente Fox, que pediu aos colegas do hemisfério para assumirem pactos contra a corrupção e reconhecerem a democracia como único sistema nas Américas. Em encontro reservado com o presidente americano George Bush, o mexicano Vicente Fox também propôs a regularização dos mexicanos que vivem nos Estados Unidos.
- Aspiramos a um acordo migratório com mais concessões - declarou Fox.
A necessidade de redução da pobreza e de promoção do desenvolvimento social foi o tema da maioria dos discursos dos chefes de Governo na abertura da Cúpula. Hoje, cerca de 22 milhões de latino-americanos vivem na miséria.
Os assuntos discutidos entre os participantes do encontro serão incluídos na agenda das próximas cúpulas, inclusive para o bom andamento das
negociações entre os países do hemisfério e um futuro acordo sobre a Alca (Área de Livre Comércio das Américas), mencionada apenas pelo presidente norte-americano. George W. Bush também apontou a necessidade de implementar programas de educação e saúde.
Nas ruas de Monterrey, manifestantes protestaram contra as políticas de globalização e o governo norte-americano, queimando um boneco do presidente Bush. Em Chicago, nos Estados Unidos, um grupo caminhou até a Embaixada do México para entregar uma carta a ser enviada ao presidente Vicente Fox, em favor de um acordo imigratório.