Rio de Janeiro, 20 de Janeiro de 2025

Redes sociais tentam limitar acesso de atividades terroristas

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Quinta, 19 de Março de 2015 às 10:07, por: CdB
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Pressionados pelas autoridades, ferramentas como Facebook e Twitter tentam coibir atividades terroristas com regras mais rigorosas
Cerca de 1,4 bilhão de pessoas acessam o Facebook pelo menos uma vez ao mês. Cientes disso, grupos extremistas vêm utilizando com eficácia crescente as redes sociais para os seus fins. É através delas, por exemplo, que grande parte da imprensa fica sabendo de alguma atrocidade cometida pela milícia terrorista do "Estado Islâmico" (EI). - O EI utiliza o Twitter e o YouTube por serem as plataformas contam com o maior público - explica J.M. Berger, coautor de um estudo sobre as atividades da organização fundamentalista no microblog, recentemente publicado pelo think tank Brookings Institution. Segundo ele, é mais difícil recrutar milicianos através de um site de internet comum. Os antigos canais de notícias dos jihadistas eram protegidos por senhas, só por recomendação alguém podia se tornar membro. - Mas a tendência atual indica que no futuro os jihadistas vão continuar usando as maiores e melhores redes, mesmo que sejam combatidos nelas - afirma. Pressão sobre operadoras Alguns governos aumentaram, de fato, a pressão para que as mídias sociais como Youtube, Facebook e Twitter intervenham mais decididamente contra atividades terroristas em suas plataformas. Em meados de março, o Facebook divulgou novos termos de uso, a fim de esclarecer que conteúdos podem ser postados e compartilhados em sua plataforma. A rubrica "organizações perigosas" especifica: grupos que participem de atividades terroristas ou do crime organizado não são permitidos. Em nota à agência alemã de notícias DW, o Twitter assegura: "Em todos os conteúdos que nos são relatados, verificamos se eles se chocam contra nossas regras, seja por uso indevido, seja por ameaça direta e concreta de violência contra terceiros." Segundo o estudo da Brookings Institution, caiu o número das contas do Twitter que no segundo semestre de 2014 apoiavam o EI. Berger conclui tratar-se de um reflexo da ação intensificada da plataforma contra os jihadistas. Entre segurança e liberdade de expressão O estudo aponta que os correligionários do EI fundaram sua própria rede social, e a conta do Twitter conectada a ela foi desativada pela firma americana. Pelo menos mil contas de adeptos foram bloqueadas entre setembro e dezembro de 2014, relata o estudo. No entanto, é difícil dizer se as medidas do Facebook e do Twitter têm grande efeito. É certo que o fechamento dos acessos restringe o alcance e o espaço de ação do EI nas mídias sociais, "mas, até agora, isso não impediu tais atividades", comentam os autores do estudo. Acrescente-se a isso a pouca transparência no bloqueio de contas pelas redes sociais. O porta-voz do Twitter na Alemanha se recusou a revelar se a empresa colabora com as autoridades na checagem de segurança. Berger e os demais autores do estudo sobre a ação jihadista nas redes são a favor de tais cooperações. - Quando se toca nesse tema em debates, geralmente uma interferência governamental é equiparada à restrição do direito de livre expressão de opinião. O fato é que os operadores de mídias sociais regulam suas plataformas sem revelar segundo quais critérios as contas são fechadas.
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