Por volta de 300 presos do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros, zona oeste de São Paulo, estão rebelados, desde a madrugada desta quinta-feira, e fizeram reféns. Já foram confirmadas cinco mortes.
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária, os reféns seriam quatro funcionários e três presos. Além destes, dois foram libertados com ferimentos graves. Um deles, que foi encaminhado ao Pronto-Socorro da Lapa, não resistiu aos ferimentos e morreu. Segundo a secretaria, ele teria sido baleado pelos manifestantes.
O outro refém libertado teria sido ferido a faca. Ele foi encaminhado ao pronto-socorro do Hospital das Clínicas e eu estado de saúde é considerado grave.
A rebelião começou por volta da 1h, após uma tentativa de fuga frustrada. A fuga foi impedida pelos guardas de muralha do CDP, que atiraram contra os presos que tentavam fugir.
A prisão abriga 926 presos, mas a capacidade máxima é de 520. Ainda segundo a secretaria, os rebelados - que seriam cerca de 300 - ocupam todo o pátio do presídio. Alguns estão em cima do telhado e das muretas de segurança.
O diretor do presídio, Luiz Augusto de Barros, e o coordenador das unidades prisionais da capital e da Grande São Paulo, Perci de Souza, estão no local para negociar com os manifestantes. Policiais do GOE (Grupo de Operações Especiais) e da Tropa de Choque cercam todo o complexo, mas ainda não foram acionados.