A guerrilha comunista exigirá dos candidatos às eleições gerais das Filipinas de 2004 dinheiro, ou armas, em troca de não agredi-los durante a campanha eleitoral nas zonas que controlam, disseram, nesta segunda-feira, fontes rebeldes.
O porta-voz do Novo Exército do Povo (NEP), Gregorio Rosal, ressaltou em entrevista à rádio local "DZBB" que o pagamento será proporcional à importância do cargo pretendido.
- Se não puderem dar dinheiro, com armas ou munição bastará - garantiu Rosal, acrescentando, porém, que não serão autorizadas campanhas de candidatos que tenham cometido "infrações" contra a luta comunista.
Rosal reconheceu que seu grupo obtém "contribuições" de candidatos políticos desde 1986, quando foram restabelecidas as eleições democráticas após a queda do então presidente filipino Ferdinand Marcos por uma revolta popular.
As próximas eleições nas Filipinas estão previstas para 10 de maio de 2004 e serão para presidente, vice-presidente, membros das duas Câmaras do Congresso e cargos municipais.
Mais de 55.000 pessoas morreram no país desde que surgiu em 1969 o NEP, a guerrilha mais antiga na ativa na Ásia. Braço armado do ilegal Partido Comunista das Filipinas, o NEP foi incluído nas listas de grupos terroristas elaboradas pelos Estados Unidos e pela União Européia.
Rebeldes querem cobrar para não agredir candidatos nas Filipinas
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Segunda, 14 de Julho de 2003 às 01:16, por: CdB