Real Madrid e Juventus decidem adversário do Barcelona na decisão da Liga dos Campeões
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Quarta, 13 de Maio de 2015 às 08:37, por: CdB
Serão 70 mil madrilenhos contra pouco mais de quatro mil italianos. Serão dez títulos de Liga dos Campeões contra "apenas" dois. Se nos números extracampo o Real Madrid começa a segunda e decisiva partida semifinal à frente da Juventus, dentro dela a história é diferente: há uma desvantagem, ainda que pequena, a ser superada.
Na partida de ida, em Turim, a Juventus conseguiu repetir o que fez em cinco dos seis jogos que disputou em casa no torneio: venceu. E jogou bem. Conseguiu neutralizar um versátil meio-campo, que tinha Sérgio Ramos, Tony Kroos, James Rodríguez e Isco. Por pouco, não ganhou por mais gols de diferença.
Talvez o Real tenha cadenciado o jogo em demasia e pudesse ter chegado com mais força caso insistisse na velocidade pelas pontas. Mesmo assim, a vantagem italiana pode e deve ser considerada pequena. Vitória por 1 a 0 dá a vaga ao Real. Por 2 a 1, pênaltis. Por 3 a 2, 4 a 3 e assim por diante, assim como qualquer empate, favorece a Juventus.
Jogando em casa, o Real perdeu apenas uma partida nesta Liga dos Campeões. Foi nas oitavas de final, contra o Schalke, por 4 a 3, depois de ter vencido na Alemanha. Um susto que certamente servirá de alerta para comissão técnica e jogadores.
Obrigado a vencer, é muito possível que Carlo Ancelotti parta com tudo para cima da Juventus. Por isso, o técnico tende a moldar um time que pressione com força a saída um tanto lenta da Juventus. Invariavelmente, o trio Pogba-Pirlo-Marchisio deve ser observado de perto e marcado sob pressão, para que a bola não chegue tranquila aos pés de Vidal e Tévez.
Com Modric ainda fora devido a lesão no joelho, Ancelotti pode formar um meio-campo apenas com Kroos como volante, que tem características mais ofensivas. James Rodríguez e Isco completariam o setor, municiando Gareth Bale, Cristiano Ronaldo e o recuperado Benzema no ataque. O centroavante francês voltou a treinar há cinco dias. Estava fora desde 14 de abril devido a uma contusão no joelho direito.
É um meio e um ataque de respeito contra uma defesa que pode sofrer com a velocidade dos oponentes. Ainda assim, sobra experiência à zaga, formada por Lichtsteiner, Bonucci, Chiellini e Evra, além de Buffon no gol.
Serão esses cinco, junto ao meio-campo, os responsáveis por segurarem um dos melhores ataques do mundo e executarem algum passe especial para que o setor ofensivo aumente a vantagem rumo à classificação.
A chave para garantir vaga na decisão contra o Barcelona, neste caso, pode estar justamente na defesa do Real. E por dois motivos: o primeiro, pela saída qualificada e os passes redondos na direção de Tony Kroos. O segundo, na proposta dos atacantes da Juventus de pressionar os defensores espanhóis, recuperar a posse e transformar a atual pequena em uma grande vantagem.