O forte calor no sul do estado do Maranhão, aliado às dificuldades encontradas pelos pilotos ao longo do percurso de 507 quilômetros, marcaram a quinta etapa do Rally dos Sertões, que nesta etapa deixou Araguaína, no Tocantins, para desembarcar em Imperatriz, no Maranhão. O quinto dia de competições também serviu para a prova entrar em sua segunda metade, ainda sem qualquer resultado definido.
A dupla atual campeão do Sertões, Guilherme Spinelli/Marcelo Vívolo, que liderava nos carros com pequena vantagem sobre o segundo colocado Maurício Neves/Emerson Cavassin até segunda-feira, teve problemas nesta terça-feira e deve perder a posição. Entre as motos, o líder Jean Azevedo aumentou a diferença para Thiago Fantozzi, e segue firme rumo ao tetracampeonato do Sertões. Nos caminhões André Azevedo/Robson Pereira confirmava a liderança, seguido de Carlos Salvini/Guido Salvini.
"Se tudo der certo e não tiver problema nenhum com a moto, é só chegar em Fortaleza. Hoje foi o dia que mais exigiu da gente. Foi uma especial muito cansativa, com muita areia, no começo, e estradas esburacadas", disse Jean Azevedo.
"Com o resultado, Jean fica mais próximo do primeiro lugar. Está ficando mais complicado. O rali é um jogo que todo dia tem carta nova, mas vamos embora que porque a prova ainda não terminou", afirmou Fantozzi.
Nesta terça-feira, 59 carros e 12 caminhões, além das 63 motos e quadriciclos largaram na mais longa especial desta 12ª edição da prova. Ao final do dia, o Rally dos Sertões, na categoria cross country, completou 2.344 quilômetros percorridos, desde que a caravana partiu de Goiânia, em Goiás, no último dia 1º. Até Fortaleza, no Ceará, onde a prova termina no próximo sábado, restam ainda 1.689 quilômetros.
Próximo desafio
Nesta quarta-feira, a sexta etapa da prova liga Imperatriz a Bacabal, também no Maranhão. Serão mais 514 quilômetros, com duas etapas especiais - a primeira, com 134 de trechos bastante travados, com muita erosão, areia e travessia de riacho. Só no final, a prova fica mais rápida com estradas de média velocidade. Já a segunda, que terá 86 quilômetros, terá no início um estradão rápido e muito largo. Depois o trecho começa a ficar fechado, numa espécie de Transamazônica, devido ao grande número de erosões.