O Diretório Estadual do PT-RJ enviou, nesta terça-feira, de forma oficial ao governador eleito do Estado do Rio, Sérgio Cabral Filho, a decisão de homologar a opção da Comissão Executiva, de participação no novo governo estadual. Três propostas foram colocadas em votação: a que foi aprovada por ampla maioria, a de independência do partido em relação ao governo estadual e, a terceira, contrária a esta participação, que obteve um voto.
Prevaleceu nos debates das propostas a concepção de que a aliança, no segundo turno, com o PMDB e o apoio ao nome de Sergio Cabral Filho contribuiu, positivamente, para a aliança que agora se dá, em nível nacional, além de ter sido decisiva para a vitória de Cabral.
Foi observada a avaliação de que o comportamento político do partido, no Estado, favoreceu a vitória e a reeleição do Presidente Lula, abrindo e alargando o caminho para a proposta de governo de coalizão, que vem sendo empreendida por Lula, para o seu segundo mandato.
Benedita e Vladimir
Aex-ministra e ex-senadora Benedita da Silva, convidada pelo governador eleito para ocupar a Secretaria de Ação Social e Direitos Humanos, destacou o caráter estratégico da aliança com o PMDB para garantir a governabilidade, no segundo mandato de Lula, em bases bem mais favoráveis do que ocorreu neste mandato que se encerra. Bené afirmou que a sua gestão à frente da Secretaria de Ação Social e Direitos Humanos terá tanto o compromisso com as necessidades da população e da sociedade fluminense, quanto com o PT.
Ex-candidato a governador do Estado pela aliança PT-PCdoB-PSB, Vladimir Palmeira também defendeu a participação no novo governo estadual que tomará posse em primeiro de janeiro, acentuando que esta participação deve ser compreendida como um compromisso para todo o mandato de Cabral Filho e que, portanto, implicará tanto em bônus quanto em ônus.
- A participação não deve se limitar às Secretarias de Ação Social e de Meio Ambiente, mas compreender toda a ação do governo - disse Vladimir, acrescentando o compromisso que o partido deve ter com o novo governo, inclusive, garantindo os votos na Assembléia Legislativa. Vladimir ainda destacou que o apoio a Cabral irá se refletir, positivamente, no segundo mandato de Lula, que, além das políticas sociais terá que enfrentar questões na área econômica, para as quais o apoio dos partidos da base governista será fundamental.