A estratégia do PSTU, de chamar o PT para a briga, parece estar surtindo algum efeito nos meios políticos. Na capital mineira, a disputa entre os partidos levou a propaganda eleitoral gratuita ao Tribunal Regional Eleitoral. Como constatou a comissão Fiscalizadora da Propaganda Eleitoral, o número de denúncias entre ambas as legendas vem aumentando diariamente.
PT e PSTU, no entanto, escolheram um ringue próprio. Tanto na chapa majoritária quanto na proporcional do PSTU, as críticas são voltadas ao governo petista. Estes, no entanto, alegam o uso de trucagem ou montagem, com mensagens ofensivas ao presidente Lula e ao PT. O PSTU, no entanto, conseguiu manter intacto o conteúdo dos programas que leva ao ar no rádio e na televisão.
No entender do juiz Maurílio Gabriel, são improcedentes as representações petistas por considerar que as frases e as fotografias exibidas simultaneamente "fazem tão-somente críticas administrativas e programáticas à conduta do presidente e de seu partido, ainda que de forma exacerbada, perfeitamente cabível no embate eleitoral". Quanto às "montagens ou trucagens" nas propagandas, como protestou o PT, o juiz considerou que tais métodos são, em princípios, aceitos, com ressalva daquelas que agridam, degradem ou ridicularizem os candidatos.