O novo sistema de avaliação que o ministro da Educação, Cristovam Buarque, apresenta nesta terça-feira no Congresso em substituição ao Provão cria o Índice de Desenvolvimento do Ensino Superior (Ides).
Ele resultará da combinação dos indicadores de ensino, o de aprendizagem, o de capacidade institucional e o de responsabilidade social. Ao invés de notas de A a E, como no Provão, o Ides classificará cursos em "bem avaliados", "intermediários" e "não-satisfatórios".
O atual ranking de cursos acaba, mas quem quiser continuar usando apenas a nota do exame de alunos não terá problemas, porque o MEC divulgará os resultados dos quatro indicadores.
O ministro não descarta a edição de uma medida provisória para que o novo sistema seja adotado já a partir do próximo ano. Caso contrário, em 2004 será repetido o Provão nos atuais moldes. Os cursos passarão por avaliações a cada três anos.
Os classificados como "não-satisfatórios" terão de assinar um termo de compromisso para o progresso do curso e da instituição, em que se comprometem em três anos a corrigir falhas e deficiências apontadas pelo relatório final da avaliação. Caso descumpram o acordo, a punição irá de suspensão do vestibular ao descredenciamento.
A novidade é que o Ides analisa a responsabilidade social da universidade. Este novo indicador quer identificar o quanto a universidade está comprometida com as exigências do mercado, com a inclusão social, com as necessidades regionais.
Neste quesito, contarão pontos a oferta de cotas para ingresso de negros, formação de professores e ensino a distância. O peso que cada indicador terá na composição do Ides será definido por uma comissão.
Provão terá como critério responsabilidade social
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Segunda, 01 de Dezembro de 2003 às 21:07, por: CdB