A produção industrial brasileira avançou em 12 das 14 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em maio, na comparação com o mesmo período do ano passado. Apenas Rio Grande do Sul e Amazonas registraram taxas negativas no período. Nove regiões registraram crescimento acima da média nacional, de 4,8%. São Paulo, por exemplo, registrou aumento de 6,7%. O Pará teve a maior taxa de expansão (17,9%), seguido por Goiás (9,3%) e Minas Gerais (8,5%).
Na quinta-feira da semana passada, o IBGE informou que a produção industrial cresceu 1,6% em maio sobre abril e avançou 4,8% em relação ao mesmo período de 2005. Nesta manhã, o instituto detalhou os números. Segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física - Regional do IBGE, Bahia (6,6%), Espírito Santo (5%), Pernambuco (5%), Ceará (4,9%) e Nordeste (4,9%) também tiveram taxas expressivas de crescimento.
Abaixo da média nacional (4,8%) no crescimento da indústria, estão Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná, com taxas positivas de 4,3%, 2,7% e 0,9%. No caso do Paraná, o comportamento da produção industrial em maio interrompeu dez meses consecutivos de queda. Segundo o IBGE, dois locais apresentaram decréscimo na produção no mês de maio, comparativamente a intervalo idêntico de 2005 - Rio Grande do Sul (-1,9%) e Amazonas (-5,7%). No primeiro, os maiores impactos negativos partiram das atividades de fumo (-10,8%), calçados e artigos de couro (-10,3%) e máquinas e equipamentos (-15%). No segundo, as principais influências de baixa vieram de material eletrônico e equipamentos de comunicações (-18,2%) e do refino de petróleo e da produção de álcool (-31%).
Na produção industrial física do período de janeiro a maio, percebe-se a evolução em 11 das 14 regiões pesquisadas pelo IBGE. As exceções foram Paraná (-4,3%), Rio Grande do Sul (-3,2%) e Santa Catarina (-0,7%). Ainda segundo o IBGE, as indústrias do Pará (13,2%) mostraram ritmo de crescimento a dois dígitos, apoiadas, sobretudo, no avanço da indústria extrativa (20,4%). Acima do acumulado médio nacional (3,3%), figuram ainda o Ceará (7,2%), Bahia (6,3%), Minas Gerais (5,8%), Pernambuco (4,5%), além de São Paulo (4%), devido, principalmente à indústria automobilística, e Rio de Janeiro (3,9%), com destaque para extração de petróleo.
No Nordeste, o desenvolvimento do setor industrial equipara-se à média nacional. Com taxas abaixo da média de 3,3% da indústria nacional, estão Espírito Santo (2,6%), Goiás (1,7%) e Amazonas (1,7%).