Produção industrial cai em julho e acumula queda de 6,6%
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Quarta, 02 de Setembro de 2015 às 07:44, por: CdB
Por Redação, com ABr - de Brasília:
A produção industrial do Brasil diminuiu 1,5% entre junho e julho, divulgou, nesta quarta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação de julho com o mesmo mês do ano anterior, a queda chegou a 8,9%. Em 2015, o Brasil acumula perdas de 6,6% na produção industrial, segundo o IBGE. Nos últimos 12 meses, a queda chega a 5,3%.
A queda na produção comparada à de junho ocorreu em praticamente todas as categorias econômicas: os bens de capital tiveram redução de 1,9% e os intermediários, 2,1%. Para os bens de consumo, foi registrada queda de 1,1%, apesar do aumento de 9,6% na produção de bens duráveis. A produção dos semiduráveis e dos não duráveis foi 3,4% menor que em junho.
A retração na produção industrial se refletiu em 14 dos 24 ramos pesquisados pelo IBGE. A principal influência negativa para o resultado geral foi da indústria de alimentos, em que a produção caiu 6,2%.
As atividades de bebidas também caíram 6,2% e as de coque – produtos derivados do petróleo e biocombustíveis – recuaram 1,7%.
Faturamento da indústria
O faturamento da indústria caiu 0,2% em julho, em relação ao mês anterior, de acordo com dados divulgados, na terça-feira, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A queda no mês passado foi menos intensa que a registrada em junho (-2,5%). Na comparação com julho de 2014, a queda do faturamento ficou em 6,7%.
Os dados da CNI revelam ainda que a indústria continua a reduzir postos de trabalho: o emprego no setor teve queda de 0,8% em julho, na comparação com junho. Com essa redução, a massa salarial real – que é a soma da remuneração paga ao total de empregados – e o rendimento médio real também caíram 2,5% e 1,6%, respectivamente, entre junho e julho.
Segundo o gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, a queda no emprego é significativa. Ele citou a comparação dos dados de julho deste ano com o mesmo mês de 2014, que registrou queda de 6,3%. Castelo Branco disse ainda que o rendimento de quem se mantém no trabalho tem reposição da inflação, nas negociações salariais, o que impede uma queda maior na renda.
- Se por um lado é um aspecto positivo, [por outro lado] isso mostra que os custos da indústria continuam pressionados - disse ele que acrescentou que seria preciso um aumento da produtividade para reduzir essa pressão nos custos.