Procurador-geral da República, Claudio Fonteles, encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer contra o recurso no qual o juiz federal em São Paulo João Carlos da Rocha Mattos, um dos magistrados sob investigação na Operação Anaconda, tenta se ver livre livre da prisão.
Por sugestão de Fonteles, o STF deveria negar o pedido para reconsiderar a decisão de negar a liminar a Rocha Mattos. O juiz sustentou que a prisão preventiva é ilegal e que o seu direito à prisão especial está sendo desrespeitado, mas o procurador-geral não acolheu esses argumentos.
Para Fonteles, a prisão preventiva está fundamentada na necessidade de impedir que os acusados fujam do país e evitar que eles atrapalhem as investigações por meio da destruição de provas ou intimidação de testemunhas.
No parecer, o procurador-geral disse que a defesa de Rocha Mattos não demonstrou, como deveria, que ele não está tendo assegurado o direito à prisão especial. Ele citou um relatório elaborado por duas procuradoras da República que visitaram a carceragem da Polícia Federal e disseram não ter registrado nenhuma anormalidade nas condições da cela.