Rio de Janeiro, 20 de Janeiro de 2025

Presos de Guantánamo deram informação sobre ataques em Londres

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Quinta, 19 de Janeiro de 2006 às 09:33, por: CdB

Prisioneiros da base de Guantánamo, em Cuba, forneceram informações importantes em relação aos ataques no sistema de transporte de Londres, e os Estados Unidos compartilharam o conhecimento com o Reino Unido, disse o comandante da prisão. Os ataques suicidas de 7 de julho realizados por quatro jovens britânicos islamitas em três trens de metrô e em um ônibus de dois andares mataram 52 pessoas e feriram mais de 700.

- Depois dos ataques em Londres, surgiram questões para tentar entender quem eram estas pessoas e por onde estiveram. Um número significativo dos homens que estamos mantendo lá viveu em Londres, viveu no Reino Unido", disse Hood. E também pudemos responder a perguntas e dar informações sobre movimentações, viagens, financiamento, comunicações, meios de comunicação, recrutamento, treinamento, este tipo de coisa, e acho que tivemos um papel importante - disse o major-general Jay Hood, que coordena as operações na detenção de Guantánamo, em entrevista na quarta-feira.

Autoridades britânicas do setor de antiterrorismo disseram que não ficou claro que tipo de apoio internacional os homens-bomba tiveram. Mas em vídeo transmitido em setembro, o vice-líder da Al Qaeda, Ayman al-Zawahri, disse que o grupo realizou os ataques contra a "arrogância britânica". Todos os cidadãos britânicos que estavam na prisão em Cuba foram libertados, mas os não-cidadãos que viveram no Reino Unido continuam entre os quase 500 prisioneiros na base naval dos EUA.

Hood não falou sobre quais prisioneiros deram informação que poderia ser ligada aos ataques em Londres, nem deu detalhes. O general disse que agentes de inteligência dos EUA compartilharam com aliados "literalmente tudo" o que obtiveram dos prisioneiros.

- É claro que tivemos gente na Baía de Guantánamo que tinha conhecimento específico, localidades, pessoas, dinheiro, comunicações durante seus períodos no Reino Unido, e certamente fornecemos isso. A maior parte da informação disponível aos detidos vem de seus contatos com o conselho legal - disse Hood.

Os EUA começaram a mandar prisioneiros para Guantánamo há cerca de quatro anos, mas Hood disse que somente recentemente começaram a dar informações úteis. Ele afirmou que prisioneiros souberam dos ataques de Londres pouco depois que aconteceram, provavelmente através de advogados que desafiam suas prisões nas cortes dos EUA.

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