Presídio no Rio é inspecionado por parlamentares

Integrantes da Comissão dos Direitos Humanos da Assembléia Legislativa visitaram nesta manhã as salas do presídio Ary Franco, onde o chinês naturalizado brasileiro Chan Kim Chang, 46 anos, teria se auto-agredido e onde foi encontrado em coma na última quarta-feira (27/8). Neste momento, o promotor Luciano Matos, representante do Ministério Público, e a delegada titular da 24ª DP (Piedade), fazem uma inspeção no local

O deputado Alessandro Rolon, presidente da Comissão, disse não acreditar na hipótese de auto-agressão, após ouvir três detentos, um deles chinês, outro holandês e um preso de confiança, que sustentaram a versão oficial. Na opinião de Rolon, a sala é pequena demais para Chang ter batido a cabeça a ponto de provocar traumatismo craniano.

Os parlamentares também pretendem investigar o que chamaram de "mistério": onde Chang estaria entre 21h e a meia noite de quarta-feira, quando deu entrada no Hospital Salgado Filho, no Méier, com hematomas na cabeça e por todo o corpo.

Chang foi preso pela Polícia Federal na terça-feira (26/8), no Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim, quando tentava embarcar para Nova York com US$ 31 mil não declarados à Receita Federal.