O presidente de Equador, Lucio Gutiérrez, suspendeu no sábado o estado de emergência anunciado para retomar a calma na capital, depois de ter sido ignorado por milhares de manifestantes que tomaram as ruas para pedir a sua renúncia e a reestruturação da Suprema Corte do país.
"Decretei o fim do estado de emergência (...) Invoco a manter a tranquilidade e a paz", disse Gutiérrez.
Com a decisão, o presidente voltou atrás da medida tomada na noite de sexta-feira, segundo a qual suspendia alguns direitos constitucionais para tentar restabelecer a ordem na capital.
Gutiérrez declarou "estado de emergência " em Quito para deter as manifestações pacíficas. A população protesta contra seu apoio, em dezembro, à destituição de 31 magistrados da Suprema Corte, mesmo sem o Parlamento ter a prerrogativa de intervir no tribunal.
O presidente destituiu os magistrados da Suprema Corte para tentar deter a grave crise política contra o controle do tribunal.
A oposição classificou a medida como uma decisão "ditatorial".
Gutiérrez espera que o Parlamento legitime no domingo sua decisão, aprovando uma resolução similar ao decreto que emitiu para dissolver a Suprema Corte e uma lei para promover uma nova eleição de magistrados. A oposição parlamentar tinha programado reunir-se neste sábado.