O presidente Luiz Inácio Lula da Silva rechaçou, na manhã desta quarta-feira, as versões que circularam pela grande imprensa de que uma crise fora estabelecida entre o Brasil e a Bolívia, após a decisão do presidente boliviano, Evo Morales, de nacionalizar as jazidas de hidrocarburetos do país. Lula garante que "não há crise nenhuma".
- Trata-se de um ajuste necessário - afirmou o presidente, referindo-se às negociações em curso entre os dois países quanto aos preços do gás natural explorados pela Petrobras no país vizinho.
O encontro do presidente Lula com os presidentes Nestor Kirchner, da Argentina, Evo Morales, da Bolívia, e Hugo Chávez, nesta quinta-feira pela manhã, será no Iguazú Grand Hotel Resort & Casino, na cidade de Puerto Iguazú, na Argentina, e não mais em Foz do Iguaçu, como foi noticiado anteriormente. Segundo a Secretaria de Imprensa e Porta Voz da Presidência da República, um dos assuntos previstos para a reunião é a segurança energética na América do Sul.
No dia 1º deste mês, o presidente Evo Morales anunciou a nacionalização das reservas de petróleo e gás na Bolívia. Com a decisão, os campos de produção das empresas estrangeiras na Bolívia, dentre eles, o da Petrobras, foram nacionalizados e ocupados pelo Exército. A nacionalização confirmou referendo de julho de 2004, quando a população votou a favor de que o país recuperasse a propriedade de suas reservas. Na década de 1990, as reservas haviam sido privatizadas pelo então presidente Hugo Banzer.