A escritora norte-americana, Susan Sontag e a historiadora e ensaísta marroquina, Fatima Mernissi, foram homenageadas nesta quarta-feira com o Prêmio Príncipe de Astúrias das Letras de 2003, em Madri. O jurado, que anunciou a premiação, valorizou em ambas a "profundidade do pensamento e a qualidade estética com a qual abordam questões essenciais na atualidade de uma perspectiva complementar no diálogo com as culturas". O júri este ano optou por premiar uma representantes da cultura ocidental e uma da árabe nessa conjuntura de "tensão" crescente porque "as duas estão contra a guerra de forma decidida". Sontag, nascida em Nova Iorque, 1933, publicou em 1963 sua primeira novela, O benfeitor, e cinco anos depois foi enviada para o Vietnã como correspondente de guerra. Em 1973, tendo presenciado a atuação das tropas israelitas na guerra do Oriente Médio, escreveu Terra prometida. Lutando contra um câncer, escreveu A enfermidade e sua metáforas. Em 1993 administrou aulas na Academia Dramática de Sarajevo. Em 1999 publicou sua última novela Na América, premiada com o Prêmio Nacional do Livro dos EUA. Mernissi, que nasceu no Marrocos no ano de 1940, historiadora e ensaísta, é conhecida pela sua defesa dos direitos da mulher. Em 1991 escreveu Marrocos através de suas mulheres, baseado nas entrevistas realizadas com camponesas, trabalhadoras, videntes e criadas. Autora de clássicos da literatura contemporânea - entre eles Sultanas esquecidas, Sherazade não era marroquina ou Sexo, ideologia e Islã - em 1995 publicou sua autobiografia Sonhos no umbral.
Prêmio Príncipe de Astúrias para Susan Sontag e Fatima Mernissi
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Quarta, 07 de Maio de 2003 às 09:21, por: CdB