O primeiro-ministro de Taiwan, Frank Hsieh, declarou que os riscos de guerra com a China aumentaram depois da adoção por Pequim de uma lei anti-secessão.
A aprovação da lei pelos deputados chineses, nesta segunda-feira, provocou a revolta dos deputados partidários da independência.
- O status quo pacífico foi modificado. A atual situação provoca temores de guerra. - disse Hsieh no Parlamento.
A nova legislação confere à China uma base legal para uma intervenção armada em Taiwan, que Pequim considera uma província rebelde, se a ilha declarar sua independência oficial.
O presidente taiwanês, o independentista Chen Shui bian, convocou uma grande manifestação para o dia 26 de março contra esta medida chinesa. Ele espera reunir um milhão de pessoas nas ruas de Taipé.
Porém, o presidente não disse se comparecerá à manifestação.
Um grupo de parlamentares do partido independentista União Taiwanesa para a Solidariedade iniciou uma greve de fome e decapitou simbolicamente representações do presidente chinês Hu Jintao, do primeiro-ministro chinês Wen Jiabao e do ex-presidente Jiang Zemin.
Taiwan, com 23 milhões de habitantes, goza de uma independência de fato, sob o nome de "República da China", desde a guerra civil entre comunistas chineses e nacionalistas em 1949.
No entanto, Pequim tenta se prevenir de qualquer tentativa dos separatistas taiwaneses de criar um Estado distinto e pede a unificação da ilha à China.
Premier taiuanês diz que riscos de guerra com a China aumentaram
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Terça, 15 de Março de 2005 às 04:38, por: CdB