Países produtores de petróleo, principalmente a Arábia Saudita, devem aumentar imediatamente a produção para conter os preços do barril, disse o Comissário de Energia da União Européia, Loyola de Palacio, nesta quarta-feira.
- Há uma necessidade urgente de aumentar a quantidade de petróleo sendo produzida. É uma questão de credibilidade para a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Se não houver um aumento, vamos ver claramente que a Opep não está interessada na estabilidade dos preços do petróleo - afirmou.
Ás 8h50 (horário de Brasília) o barril de petróleo tipo "light crude" estava cotado a US$ 40,32 nos EUA. É o segundo dia seguido de queda, depois de atingir o recorde histórico de US$ 41,55 na segunda-feira. O barril de tipo Brent estava cotado a US$ 36,70.
Mesmo entre os membros da Opep há pressão para que o cartel aumente a produção, para conter a disparada de preços do petróleo. A Arábia Saudita, principal produtor de petróleo da organização, pediu, no dia 10, que os limites de produção sejam elevados em pelo menos 1,5 milhão de barris por dia - pouco mais de 6% - para evitar que os altos preços do petróleo desestruturem o crescimento econômico mundial.
O ministro saudita do Petróleo, Ali al Naimi, disse em um comunicado que um aumento na produção é "essencial" para equilibrar a oferta e a procura pelo produto, depois de o barril de tipo "light crude" ter ultrapassado os US$ 40 na semana passada pela primeira vez em 13 anos.
A Agência Internacional de Energia (AIE) também pediu à Opep que aumente a cota de produção de petróleo para conter a disparada nos preços. "Todos nós temos de fazer o nosso trabalho e a Opep deve dar um sinal claro ao mercado o que inclui aumentar sua produção", disse o executivo-chefe da AIE, Claude Mandil ao jornal espanhol "Expansión".
O Kuait anunciou no dia 12 que irá ultrapassar a meta de produção estipulada pela Opep para o país, de 1,8 milhões de barris por dia, para 2,4 milhões, na tentativa de fazer com que os preços do barril recuem um pouco.
O limite atual de produção do cartel foi estipulado em 23,5 milhões de barris por dia e passou a vigorar em 1° de abril.