O PPS anunciou nesta terça-feira que o ministro Ciro Gomes (Integração Nacional) foi desligado do partido por contrariar determinação da legenda que prevê a entrega dos cargos ocupados no governo. O prazo encerrou-se na segunda-feira.
Com o desligamento, os filiados não são expulsos, mas perdem suas funções partidárias. O ministro Ciro Gomes deixa a vice-presidência da legenda e a senadora Patrícia Saboya Gomes (CE), que ocupa a vice-liderança do governo no Senado, não integra mais a Executiva Nacional. Ela é ex-mulher de Ciro.
A assessoria do ministro tem afirmado que Ciro vai permanecer no cargo e no partido mesmo que a sigla decida por um processo de expulsão. A decisão acirra a disputa com o presidente da legenda, deputado Roberto Freire (PE), mentor do rompimento com o governo.
O presidente da Funai, Mércio Pereira Gomes; o secretário de Gestão Participativa do Ministério da Saúde, Crescêncio Antunes; o diretor-geral da Agência de Desenvolvimento do Nordeste, José Zenóbio Vascocelos; e o diretor de engenharia da Codevasf, Clementino Coelho, pediram licença do PPS e também ficam desligados das funções partidárias.
O PPS tomou a decisão de deixar a base de sustentação do governo em 11 de dezembro do ano passado, "com o voto de mais de 70 % dos integrantes do Diretório Nacional", segundo a nota. Em janeiro, a Executiva do partido determinou o dia 31 de janeiro como prazo limite para a entrega de cargos.