Portugal pretende decretar estado de calamidade nacional devido a incêndios que mataram nove pessoas na última semana, disse na segunda-feira o primeiro-ministro José Manuel Durão Barroso.
— Em uma reunião especial do gabinete, planejamos declarar calamidade pública, o que permitirá mobilização de ajuda para pessoas que foram afetadas por esta calamidade — explicou o primeiro-ministro à rádio estatal.
— Estamos enfrentando uma tragédia que Portugal nunca havia passado com incêndios (florestais) — acrescentou, afirmando que o gabinete não declararia estado de emergência nacional na reunião desta segunda-feira por motivos legais.
O comandante Antonio Santos, do Centro Nacional de Operações de Resgate, disse à Reuters que mais de 2.300 bombeiros estão combatendo 72 incêndios no país, equipados com mais de 800 veículos e cinco aviões de bombeamento de água estrangeiros.
— As temperaturas máximas não devem ficar tão altas esta segunda, então esperamos que isso ajude o enorme esforço que está sendo feito na zona de combate — afirmou.
Cerca de um terço de Portugal é coberto por florestas. Números oficiais mostram que mais de 26 mil hectares já haviam sido destruídos pelo fogo do começo do ano até 27 de julho, antes da recente onda de incêndios.