Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Porto de Niterói é reaberto e escoa produção petroleira

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Quarta, 22 de Março de 2006 às 14:21, por: CdB

Niterói consolida, nesta quinta-feira, mais um passo para no objetivo de se transformar em um dos mais importantes pólos da indústria do petróleo no Brasil. Depois de 15 anos praticamente fechado, o Porto de Niterói será reaberto e estará apto a escoar a produção da Bacia de Campos e Bacia de Santos. Com o anúncio da implantação do Pólo Petroquímico em Itaboraí, a reativação do porto reafirma a importância de Niterói neste processo de desenvolvimento da Região que abrange ainda o município de São Gonçalo, o segundo maior do Estado e um dos menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH).

Secretário de Desenvolvimento de Niterói, Rodrigo Neves integra a comissão que decidiu  pela implantação do Pólo Petroquímico em Itaboraí e foi o único representante de uma prefeitura brasileria que participou das negociações com os diretores da empresa venezuelana de petróleo- PDVSA-  para a construção de 36 petroleiros no Brasil. Já a partir desta quinta, o porto voltará a receber embarcações de grande porte, graças à dragagem do seu canal, que estava assoreado. Além da dragagem, houve obra de revitalização de um dos armazéns, que foi totalmente recuperado.

A dragagem foi a primeira etapa do processo de revitalização do porto. Executada pela empreiteira Bandeirantes, a obra custou R$ 7 milhões e foi financiada com recursos do Governo Federal. A dragagem aumentou a profundidade do canal de 4 para 7,5 metros, possibilitando o tráfego de embarcações de grande porte no terminal. A perspectiva, segundo o secretário Rodrigo Neves, é de que, graças ao investimento, a cidade torne-se um importante pólo de apoio offshore às plataformas de petróleo que operam na Bacia de Santos e no sul da Bacia de Campos.

Após o término das obras e reinício das atividades, serão  implantados dois pólos, de natureza Cultural e Comercial. A antiga estação de trem, que servia no passado como principal escoadouro das cargas nas docas, irá se transformar em um centro cultural. A reforma dos armazéns foi viabilizada por uma parceira entre Prefeitura, companhia Docas e iniciativa privada. As empresas Nitshore e Nitport arendaram o espaço para reformar os armazéns e a antiga estação de trem.

Segurança

A Nitport assinou ainda contrato com a Vetco - multinacional norueguesa produtora de módulos de plataformas marítimas - para viabilizar a construção de módulos da P-52 da Petrobrás, atividade que vai gerar cerca de 900 empregos diretos e 2.700 indiretos, além de incrementar a arrecadação do município de Niterói e do Estado do Rio. Neste projeto, a Vetco investirá um montante de US$ 150 milhões em atividades desenvolvidas no Porto de Niterói, nos próximos cinco anos.

- Niterói ganhou a batalha porque apresentou as melhores condições: um porto com calado dragado e o excelente fluxo, tanto rodoviário quanto marítimo, entre a bacia petrolífera e a cidade. Outra vantagem é que o município apresenta um terminal portuário recém-arrendado pela iniciativa privada, com um programa de obras em curso que supre as necessidades do projeto - disse Gilson Ribeiro, presidente da Nitport, ressaltando que a Vetco tinha, inicialmente, a possibilidade de instalar-se no Porto do Rio, na região da Baixada Santista (SP) ou em Angra dos Reis.

Outro fator que certamente contribuiu para a escolha do Porto de Niterói, na opinião do empresário, é o fato de que a cidade é considerada segura, em termos de violência urbana, para os executivos que nela pretendem implantar projetos. E também, acrescenta Gilson, conta com uma prefeitura dinâmica, que responde prontamente aos anseios administrativo-fiscais das empresas, como bem demonstram em suas gestões o prefeito Godofredo Pinto e o secretário municipal de Desenvolvimento, Rodrigo Neves.

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