Fat Family é acusado de envolvimento com o tráfico de drogas e foi resgatado do Hospital Municipal Souza Aguiar, onde estava internado sob custódia da Polícia Militar
Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro:
Policiais civis e militares fizeram nesta quinta-feira uma operação para prender Nicolas Labre Pereira de Jesus, conhecido como Fat Family. Segundo a Polícia Civil, há informações, do setor de inteligência das duas polícias, de que ele estaria escondido no Complexo do Salgueiro, no município de São Gonçalo, no Grande Rio.
Fat Family é acusado de envolvimento com o tráfico de drogas e foi resgatado do Hospital Municipal Souza Aguiar, onde estava internado sob custódia da Polícia Militar, em junho deste ano. Homens armados invadiram o hospital, no centro da cidade do Rio de Janeiro, e trocaram tiros com os policiais.
O vigilante Ronaldo Luiz Marriel de Souza, que estava no hospital, foi atingido por uma bala perdida e morreu no local. Um policial e um técnico de enfermagem ficaram feridos.
A operação para prender Fat Family nesta quinta contou com quase 200 policiais das duas forças. Foram utilizados cães farejadores, cinco helicópteros e quatro veículos blindados. Até as 10h, a operação estava em andamento.
Policiais mortos
Subiu para 73 o número de policiais mortos desde o início do ano no Rio de Janeiro, com a morte na quinta-feira do subcomandante do 4° Comando de Policiamento de Área da Polícia Militar, coronel Ivanir Linhares, 49 anos, ao ser baleado, numa emboscada em Maricá, região metropolitana do Rio. Um Jeep branco emparelhou com o veículo do coronel e dois homens fizeram diversos disparos de armas automáticas.
A polícia trabalha com duas linhas de investigação: suspeita de assalto ou execução. O motorista do oficial, sargento Luiz Cláudio Carvalho da Silva, também foi atingido. O militar, que já foi comandante de dois batalhões da PM estava há 29 anos na corporação. Ele e o sargento Carvalho ainda chegaram a ser socorridos e levados para o Hospital de Maricá, sendo posteriormente transferidos para o Hospital Estadual Alberto Torres, no bairro Colubandê, em São Gonçalo, mas o coronel não resistiu. Ele foi atingido por sete tiros. O sargento permanece internado.
Desde janeiro, 297 policiais foram baleados, sendo que 73 não resistiram aos ferimentos e morreram. Um deles era de Roraima, cedido à Força Nacional de Segurança e trabalhando durante os Jogos Olímpicos. Foi morto ao entrar por engano no Complexo da Maré, zona norte do Rio de Janeiro.