Deverá ser realizada nesta quarta-feira a reconstituição do assassinato do executivo da Shell Todd Staheli, 39, e de sua mulher, Michelle, 36. A polícia quer que os filhos mais velhos do casal - uma menina de 13 anos e um garoto de 10 anos - participem da encenação. No entanto, a presença dos filhos não é aceita pelo advogado da família.
Staheli e sua mulher foram golpeados por uma machadinha ou por uma tesoura de jardineiro, segundo a polícia, no último dia 30, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O executivo morreu no mesmo dia e Michelle, quatro dias depois, no hospital. O casal, norte-americano, deixou quatro filhos.
"É fundamental, para o esclarecimento desse episódio, que seja feita a reconstituição com as únicas pessoas que havia dentro da casa além das vítimas, que são seus filhos. Não é para transtorná-los, não é para criar em nenhum deles nenhum tipo de trauma, mas apenas para esclarecer os fatos", afirmou o secretário da Segurança Pública do Rio, Anthony Garotinho.
O secretário disse também que a perícia fará nesta semana contraprovas dos exames técnicos já realizados na casa do executivo, na machadinha e em outros objetos cortantes encontrados no local. Os primeiros exames realizados com a substância luminol não detectaram vestígios de sangue.
"Pode ser que tenha sido utilizado algum tipo de detergente, algum tipo de material que iniba a reação do luminol. O aconselhável é fazer um novo teste", disse. A contraprova da machadinha, que será inclusive desmontada, será realizada nesta segunda-feira.
Motorista
O advogado Márcio Feijó, que representa o motorista da família Staheli, Sebastião Moura, disse que seu cliente tinha as chaves da porta e do portão da casa dos Staheli. Segundo Feijó, as chaves foram entregues à polícia.
Depois do crime, a filha mais velha dos Staheli ligou para um casal amigo da família, os Turner, que avisaram o motorista. Moura, como os Turner e os Staheli, é mórmon da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
Feijó disse que Moura, depois de chegar à casa, foi até uma clínica pedir uma ambulância, mas eles não tinham. Parou um carro da polícia, mas os policiais disseram que não poderiam socorrer, pois não poderiam abandonar seu posto.
Polícia quer filhos de executivo na reconstituição
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Segunda, 08 de Dezembro de 2003 às 08:51, por: CdB