Milhares de gendarmes, os responsáveis pela ordem pública na França, invadiram as cidades francesas para protestar contra os baixos soldos. Após quatro dias de agitação, o protesto dos gendarmes converteu-se em uma revolução e agora se fala abertamente de uma crise grave na segurança interna. Os veículos de comunicação franceses informaram que cerca de 12.000 gendarmes saíram às ruas, nesta sexta-feira, todos de uniforme e sem gorro na cabeça - atitude expressamente proibida pelo regulamento. E também, pela primeira vez, os gendarmes "conquistaram" a capital, tentando, inclusive, aproximar-se do Palácio do Eliseu, onde um cordão de policiais os esperava. Uma delegação de gendarmes foi recebida pelo general-comandante Paul Rocher. "Este não é um movimento sindical, mas não se deve excluir a gendarmeria dos progressos sociais do século XXI", afirmou o chefe da delegação. Mais tarde, os próprios policiais que haviam impedido a chegada dos gendarmes no Palácio do Eliseu aderiram ao protesto, resultando em uma massa de, aproximadamente, 1.500 policiais externando sua insatisfação contra "as insuficientes propostas salariais do governo". Por interferência do primeiro-ministro francês, Lionel Jospin, deverá ocorrer neste sábado uma reunião entre os representantes dos gendarmes e o ministro do Interior, Alain Richard, que vinha se negando a receber os manifestantes há vários dias.
Polícia francesa se revolta contra baixos salários
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Sexta, 07 de Dezembro de 2001 às 16:53, por: CdB