Polícia enfrenta traficantes no Vidigal e deixa três mortos

Uma troca de tiros na madrugada desta segunda-feira com policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) no Morro do Vidigal voltou a assustar os moradores do Leblon. Três homens morreram. As vítimas seriam traficantes da Rocinha que invadiram o Vidigal há pouco mais de um mês e que vem impondo o terror e cobrando pedágio de moradores para poderem circular pela favela. Os baleados foram socorridos e levados pelos soldados para o Hospital Miguel Couto, mas não resistiram aos ferimentos.

Na tarde deste domingo, um assalto a mão armada na esquina das ruas Dias Ferreira e Professor Armando Marques assustou os moradores da região e quem passava por perto. O advogado Mário Neder teve seu relógio roubado quando caminhava com a mulher. O assaltante, que aparentava ter entre 30 e 35 anos, seguiu em direção à Rua Visconde de Albuquerque. Houve correria e o assaltante acabou sendo baleado por um PM. Na fuga, no sinal de trânsito da Rua Rainha Guilhermina, esquina com Visconde de Albuquerque, o assaltante roubou um Golf e fugiu.

No sábado, um homem identificado como Márcio de Jesus Silva foi morto num tiroteio que provocou o fechamento do comércio na Favela do Vidigal e o adiamento da festa de aniversário do grupo de teatro "Nós do Morro", que forma atores na favela. Policiais do batalhão do Leblon e do batalhão de choque reforçam a segurança na entrada da favela e a Avenida Niemeyer foi fechada por volta das 22h. As pistas foram liberadas às 23h30m.

Segundo o comandante do 23º BPM, coronel Jorge Braga, dois grupos de traficantes enfrentaram os policiais que fazem a ocupação da favela. Uma picape modelo S-10, que havia sido roubada na sexta-feira, no bairro do Flamengo, foi localizada na favela do Vidigal.

Esta semana, uma estudante de teatro que veio de São Paulo trabalhar no grupo "Nós do Morro" foi expulsa do Vidigal por traficantes e teve que ficar na casa de uma amiga, em outra favela, em sigilo.