Polícia busca último suspeito do assassinato dos namorados

A polícia revelou nesta quarta-feira que a estudante Liana Friedenbach, de 16 anos, foi morta porque os assaltantes perceberam que a polícia estava chegando perto do cativeiro. Segundo depoimento de dois dos acusados, o assalto foi planejado por Paulo César Marques, conhecido como Pernambuco, que está sendo procurado. Como o casal não tinha dinheiro, Liana acabou dizendo que sua família tinha posse.

A partir de então, os criminosos decidiram matar Felipe Caffé e trabalhar na proposta de resgate de Liana. Os bandidos disseram que ela foi morta na madrugada de quarta-feira, embora o laudo do Instituto Médico Legal (IML) tenha informado que ela havia sido morta no domingo passado.

Nesta quarta-feira, a polícia apresentou a arma usada para matar Felipe, uma espingarda de caça calibre 28. Felipe foi morto com um tiro na nuca.

A polícia concentrou as buscas nesta quarta na região de Taboão da Serra na tentativa de achar Pernambuco. Segundo a família, ele bebe muito e faz bicos para sobreviver. Além dele, foram identificados quatro envolvidos, todos estão presos.

Além do menor R. e de Aguinaldo Pires, 41 anos, estão presos o caseiro Antonio Mateus de Barros, que teria escondido a arma do crime, e um homem identificado como Antonio, que teria fornecido comida durante os dias em que Liana e Felipe foram mantidos em cativeiro.

Para um dos policiais que conduzem a investigação, Josimar de Oliveira, Liana não tinha condições de tentar fugir, mesmo depois da morte do namorado, pois se saísse da casa usada como cativeiro não teria para onde ir porque o local fica em mata fechada e ela sequer conhecia a região.

Em entrevista, o pai de Liana, o advogado Ari Friedenbach, comentou a participação do menor R. no crime, que confessou ter dado facadas na estudante. "Ele não é adolescente. É um assassino. Adolescente era minha filha", afirmou.