A Polícia Civil do Rio apreendeu nesta quarta-feira documentos e computadores no laboratório Enila, fabricante do medicamento Celobar, suspeito de ter causado 21 mortes no país. Segundo informações da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Saúde Pública do Rio, o material foi encaminhado para perícia. Ainda de acordo com a polícia, o delegado-titular da delegacia, Renato Nunes, ouviu nesta quarta-feira a responsável pela empresa que forneceu o carbonato de bário para o laboratório. O Enila teria tentado transformar o carbonato de bário, substância usada em raticidas, em sulfato de bário - matéria prima do Celobar - com o objetivo de baratear os custos dos insumos. Vistoria O Conselho Regional de Química do Rio vistoriou na última terça-feira o laboratório e anunciou que o Enila realizava experimentos químicos de forma irregular. O laboratório obteve licença para praticar experiências químicas em 2000, mas, dois anos depois, pediu ao conselho a revogação do alvará, alegando não ter mais interesse em realizar as atividades. Segundo o conselho, após o pedido, o Enila não poderia ter praticado a experiência de transformação do carbonato de bário em sulfato de bário. Em depoimento à polícia, o diretor-presidente do Enila, Márcio D'Icarahy, e o químico Antônio Carlos Fonseca disseram que disseram que o sulfato de bário pode ter sido colocado em equipamentos onde havia sido manipulado anteriormente o carbonato de bário.
Polícia apreende documentos no laboratório fabricante do Celobar
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Quarta, 11 de Junho de 2003 às 17:04, por: CdB