O secretário de Segurança Pública, Anthony Garotinho, determinou a prisão administrativa dos 24 policiais do Grupamento Especial Tático (Getam), suspeitos de envolvimento na morte de três rapazes no Catumbi, no último domingo. Os PMs integravam as duas guarnições do Getam, em Inhaúma.
Garotinho afirmou que antes de ordenar as prisões procurou ouvir o relato do comandante-geral da PM, coronel Renato Hottz, do inspetor-geral da Secretaria de Segurança, coronel João Carlos Ferreira, e do diretor do Instituto Médico-Legal (IML), Roger Ancilotti.
O secretário afirmou ainda que os policiais militares irão responder a três investigações que correm paralelamente e de forma integrada.
- Eles serão ouvidos pela PM, pela Inspetoria e na 6ª DP (Cidade Nova) - informou Garotinho.
O chefe da Polícia Civil do Rio, Álvaro Lins, que está em Brasília para participar do seminário Inteligência e Criminalidade de Massa, defendeu o afastamento imediato dos policiais suspeitos.
- O afastamento das funções policiais, havendo uma denúncia, tem que ser imediato. Agora, a prisão depende de comprovação maior que dê ao juiz condições de decretar a prisão - observou Lins ao afirmar que, no seu entendimento, o crime é resultado de desvio de caráter, e não de despreparo desses profissionais.
De acordo com ele, os assassinatos estão sendo investigados pelas polícias Civil e Militar. O resultado das apurações será encaminhado à Justiça comum. Segundo Lins, a legislação em vigor prevê que crimes de homicídio praticados por policial militar em serviço sejam julgados pelo Tribunal do Júri.
Associação dos Policiais Militares divulga nota contra decisão de Garotinho