Parentes dos presos e policiais militares se envolveram em um tumulto há pouco próximo à Casa de Custódia, em Benfica, zona norte do Rio. Os familiares, que estão do lado de fora da unidade, revoltados com a falta de informações sobre os detentos mortos na rebelião encerrada ontem, tentaram fechar uma rua próxima à Avenida Brasil. Os PMs impediram o grupo e chegaram a disparar tiros para o alto.
Em seguida, o grupo tentou fechar a Avenida Brasil, porém também foi contido pelos policiais. Após a confusão, a situação voltou ao normal, mas ainda é tensa.
O governo do estado já confirmou a morte de 30 detentos durante a rebelião, mas o número ainda não é definitivo. Enquanto isso o secretário de Segurança Pública, Anthony Garotinho, que determinou que é o único a poder falar sobre o caso, não se pronunciou até o momento.
A Delegacia de Homicídios vai abrir inquérito para investigar a chacina ocorrida no interior da Casa de Custódia de Benfica. Serão ouvidos inicialmente os agentes e Policiais Militares reformados que ficaram como reféns, bem como os presos. O Instituto Médico Legal (IML), juntamente com o Instituto Félix Pacheco está empenhado na tarefa de identificar cada um dos mortos. A determinação é do chefe da polícia civil, delegado Álvaro Lins.