O PMDB e o PPS, ambos da base aliada do governo, decidiram, a exemplo do PFL e do PSDB, obstruir as votações no plenário da Câmara.
O líder do PPS, deputado Júlio Delgado (MG), anunciou que o seu partido vai obstruir as votações até o final do segundo turno das eleições municipais. "Nossa obstrução é política. Não se trata aqui de faro oposicionista ou de um momento de negociarmos, até porque essa nunca foi a pauta do nosso partido", explicou.
De acordo com Delgado, a decisão de obstruir os trabalhos partiu de reunião da bancada, que avaliou que as medidas provisórias têm sido editadas de forma excessiva, "algumas delas sem a urgência e a relevância necessárias e as que são estão sendo discutidas de afogadilho".
Segundo o líder, o PPS quer discutir com tranqüilidade depois das eleições cada uma das MPs.
Já o líder do PMDB, deputado José Borba (PR), justificou a obstrução do partido a resquícios eleitorais. "Acordos e alianças não cumpridas durante as eleições", disse.